"Golpe das frutas" faz vítimas no Mercadão de SP; lojistas são multados

Assunto chamou atenção nas redes sociais com vários relatos de turistas que disseram ter sido vítimas nos últimos dias

Por Leonardo Zvarick

Depois de várias denúncias do chamado "golpe das frutas", o Mercadão de São Paulo aumentou a fiscalização e já aplicou multas para inibir a prática.

Cartão postal da cidade de São Paulo, o Mercado Municipal atrai milhares de visitantes todos os dias. A funcionária pública Analu Andrade, que esteve no local pela última vez há seis meses não teve uma boa experiência. 

Ela conta que desistiu de uma compra em uma banca de frutas depois que viu o preço dos produtos, e acabou sendo hostilizada pelo vendedor. “O preço final eram dois abacaxis pequenos, uma meia dúzia de caqui e uma atemoia e deu R$ 220. A gente disse ‘esse preço é extorsivo a gente não vai compra isso’ e o rapaz ficou furioso, começou a falar alto e dizer que a gente tinha comido de graça várias frutas na banca e agora a gente não queria pagar”, disse. 

Essa negociação desleal de alguns vendedores é uma prática antiga no Mercadão, e é conhecida por muitos de seus frequentadores. Nos últimos dias, o assunto chamou atenção nas redes sociais com vários relatos de turistas que disseram ter sido vítimas de um golpe. 

O perfil Golpe das Frutas no Instagram já tem mais de 11 mil seguidores e diversas histórias, todas muito parecidas. 

Em das publicações, um visitante disse ter sido abordado por um vendedor oferecendo degustação de uma fruta exótica. Uma bandeja com três unidades saiu por R$ 350. Depois, ao chegar no hotel, o turista percebeu que na verdade tinha levado três laranjas comuns.

Segundo o diretor da empresa que administra o Mercadão, desde setembro do ano passado, dez lojistas foram multados e um estabelecimento interditado por práticas abusivas.

“Advertências primeiro e depois multas que podem variar de 10 a 100% do valor do aluguel. O Mercado é composto por mais de 365 estabelecimentos e alguns que fazem essas práticas desleais não podem fazer a imagem do mercado prevalecer”, diz Alexandre Germano, diretor-presidente do Mercado SP S.A.

“Todo ramo ou toda profissão tem seus maus profissionais. Ninguém pode pegar e generalizar o mercado inteiro que tem golpista”, afirma o comerciante Carlos da Silva.

“A reclamação é feita em menos de um minuto e ele deve apontar qual o estabelecimento. O Procon vai até o local e vai multar o estabelecimento”, diz o diretor do Procon Fernando Capez. 

Mais notícias

Carregar mais